segunda-feira, 4 de setembro de 2017

ESCOLA PÚBLICA DE CAXIAS DO SUL ADOTA APLICATIVO LIVOX


 

Fonte: Livox

A cidade de Caxias do Sul vem inovando e está com um projeto piloto nas séries iniciais da Escola Municipal José de Alencar. Tudo começou em abril de 2017, quando as professoras Aline Mauri Mazzochi e Elisabete Debastiani Nora tinham em sua classe de 1º ano do ensino fundamental alunos com TEA (Transtorno do Espectro Autista). As professoras já utilizavam as ferramentas tecnológicas como apoio no processo de alfabetização. Porém o desafio era utilizar algum aplicativo que promovesse a inclusão destes alunos. Então, conheceram o programa Livox, que atendia as expectativas e era apropriado para a faixa etária de 6 e 7 anos.
Segundo o Censo IBGE/2010, 45 milhões de brasileiros declararam possuir algum tipo de deficiência. Em Caxias do Sul, 23% da população possui alguma deficiência, sendo a maioria deficiência visual.
O Brasil tem até 2024 para universalizar, para a população de 04 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino. São 10 anos para cumprir a meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE).

Logo, o objetivo ao utilizar o programa Livox é a inclusão do aluno que apresenta as deficiências citadas anteriormente, fazendo com que o mesmo possa comunicar-se com maior precisão, escrever e desenvolver-se com os demais colegas. Assim, através do programa é possível comprovar que um
aluno com TEA ou com paralisia cerebral, podem aprender e compreender o que passa ao seu redor, claro, respeitando seus limites.
Assim, há 05 anos surgiu o aplicativo Livox criado por Carlos Pereira, pai de Clara que apresentou paralisia cerebral por conta de um erro médico no parto. Devido a necessidade de se comunicar com a filha e não havendo ferramentas disponíveis em português, resolveu trabalhar na criação deste programa. Este dispositivo, atualmente, é o mais eficiente e competitivo aplicativo do mercado mundial para possibilitar a comunicação de pessoas com doenças que interferem na fala, para que possam se expressar e se socializar. A ferramenta cujo nome vem do latim e significa liberdade e voz, facilitou a vida de muitas famílias.
O software vem de encontro com a resolução CNE 019/2010 do município de Caxias do Sul – RS, que entende que a educação inclusiva tem como prioridade gerar oportunidades de convívio social e acesso aos bens públicos, desenvolvendo práticas de aprendizagem e de convivência na divergência, sem pretender tornar os desiguais em iguais. Assim, essa ferramenta tecnológica utilizada na escola pública, tem o intuito de incluir os alunos portadores de deficiência na escola comum (regular).
Segundo a coordenadora pedagógica da escola, Valentina Mauri Mazzochi “As famílias destas crianças tem apoiado muito a iniciativa, pois com a popularização da tecnologia móvel, permitiu que tenham acesso à escola comum, obtendo novas oportunidades”. O diretor da escola, Francisco, também afirma: “ Na prática vivenciamos a inclusão além da escola: ligando contextos”. 
A desvantagem do programa é que, infelizmente, nem todas as escolas possuem computadores disponíveis ou mesmo sala de recursos para atender o público em questão. Assim, as secretarias de educação com o apoio do governo federal, devem sensibilizar-se na adoção desse programa, tendo em vista que a inclusão somente será efetiva se as escolas disporem dos recursos para tal.
O processo de inclusão somente será eficaz se os recursos necessários forem disponibilizados e os profissionais da área da educação forem capacitados para atuar com os alunos em questão.
Ao final deste ano, esta experiência inovadora será avaliada pela comunidade escolar e a secretaria municipal de educação. A intenção é que o projeto seja efetivado nas escolas gradativamente e torne-se política pública no município.





Aline Mauri Mazzochi e Elisabete Debastiani Nora
RU 1799413 e 1806747
Polo – Caxias do Sul
Data 03/09/2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário