PLAYDOWN, INCLUSÃO E TECOLOGIA NA ESCOLA
Por Jaqueline Schmitz Sturmer, RU 1599429 e Vanessa
Freiberger Dietz, RU 1600405.
Polo - Caxias do Sul
12/09/2017
Fonte: https://hemetec.files.wordpress.com/2015/12/logotipo-do-aplicativo-playdown.jpg?w=560
Atualmente, na mídia, muito tem se visto notícias de
violência escolar e descasos com a educação, mas não podemos deixar de
ressaltar o empenho e dedicação de algumas escolas e professores para
possibilitar uma educação inclusiva, tecnológica e promissora aos seus alunos.
Playdown é um aplicativo de jogos eletrônicos que auxilia o
desenvolvimento de crianças com Síndrome de Down e outras deficiências
intelectuais. Por meio de atividades que envolvem animais, cores, formas
geométricas, letras, números, sons, entre outros, este recurso tecnológico,
auxilia na alfabetização, autodomínio, concentração, coordenação motora,
criatividade, memória, paciência e raciocínio lógico.
Este aplicativo é gratuito e está disponível para download
em celulares e tablets com sistema operacional android acima de da versão 4.0.
Composto por dez jogos, possui níveis de diferentes desafios: boop (ligar
peixes ou estrelas), caça aos animais, caindo (desviar os personagens dos
obstáculos), contorne as vogais, corta-corta, desenho livre, jogo da memória,
ligue os pontos, navegando (ajudar o pirata a chegar em terra firme), numeral
(ordenar de forma crescente).
O aplicativo Playdown já desperta interesse de empresas de
tecnologia e foi premiado como o melhor projeto de inclusão na 9ª Feira Tecnológica
do Centro Paula Souza (Feteps) 2015. Também está entre os 13 finalistas do
Brasil dos 5 mil projetos inscritos no Concurso Acelera Startup da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Maria, professora da rede municipal de Caxias do Sul, ficou
encantada com o aplicativo, lembrou imediatamente do aluno João que possui
Síndrome de Down e planejou o uso com a turma ao qual leciona, 1º Ano do Ensino
Fundamental, crianças de 6 e 7 anos. Os pais dos alunos participaram do projeto,
possibilitando o uso dos tablets e celulares com o aplicativo instalado. Uma
vez por semana, no período da aula de informática e com auxílio da professora
de tecnomídias, a turma fazia uso deste aplicativo.
A professora relata nunca ter recebido formação específica
para trabalhar com crianças portadoras de necessidades especiais, mas através das
observações e atividades, foi descobrindo as adaptações e os recursos para
incentivar e desenvolver a aprendizagem. Trabalhar com o PlayDown foi muito
positivo, pois não só o João que possui necessidade especial foi beneficiado,
mas todos os alunos da turma. A tecnologia como ferramenta, contribui
significativamente para a aprendizagem dos alunos.
O aplicativo estimula, facilita e amplia a comunicação das
crianças com Síndrome de Down, contribuindo para inclusão social. A interação é
mais atraente e empolgante, pois existe a exploração de visualizar, ouvir e
manusear, além de sua praticidade e o fácil uso.
Como os alunos estão em processo de alfabetização é possível
citar muitas vantagens: atenção, percepção, concentração, categorização,
memória, discriminação auditiva, formação de conceitos básicos e o início do
aprendizado das letras do alfabeto, enfim, funções que fazem parte do
desenvolvimento cognitivo.
A inclusão deve acontecer no dia a dia, sem ser um conteúdo
específico, mas sim, com um olhar de respeito e ternura para os que estão
próximos. É necessário entender que somos seres humanos diferentes uns dos
outros, portanto, aprendemos de diferentes formas, e podemos aprender com as
diferenças tornando-nos pessoas melhores.
Na sociedade em que vivemos o papel do professor é de
fundamental importância para incentivar e motivar a aprendizagem dos alunos. A
tecnologia deve ser utilizada como recurso, além das características essenciais
necessárias para trabalhar com crianças, como, afeto, compreensão, dedicação,
sensibilidade e paciência.
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