terça-feira, 12 de setembro de 2017

PLAYDOWN, INCLUSÃO E TECNOLOGIA NA ESCOLA


PLAYDOWN, INCLUSÃO E TECOLOGIA NA ESCOLA

Por Jaqueline Schmitz Sturmer, RU 1599429 e Vanessa Freiberger Dietz, RU 1600405.
Polo - Caxias do Sul
12/09/2017

Fonte: https://hemetec.files.wordpress.com/2015/12/logotipo-do-aplicativo-playdown.jpg?w=560

Atualmente, na mídia, muito tem se visto notícias de violência escolar e descasos com a educação, mas não podemos deixar de ressaltar o empenho e dedicação de algumas escolas e professores para possibilitar uma educação inclusiva, tecnológica e promissora aos seus alunos.

Playdown é um aplicativo de jogos eletrônicos que auxilia o desenvolvimento de crianças com Síndrome de Down e outras deficiências intelectuais. Por meio de atividades que envolvem animais, cores, formas geométricas, letras, números, sons, entre outros, este recurso tecnológico, auxilia na alfabetização, autodomínio, concentração, coordenação motora, criatividade, memória, paciência e raciocínio lógico.

Este aplicativo é gratuito e está disponível para download em celulares e tablets com sistema operacional android acima de da versão 4.0. Composto por dez jogos, possui níveis de diferentes desafios: boop (ligar peixes ou estrelas), caça aos animais, caindo (desviar os personagens dos obstáculos), contorne as vogais, corta-corta, desenho livre, jogo da memória, ligue os pontos, navegando (ajudar o pirata a chegar em terra firme), numeral (ordenar de forma crescente).

O aplicativo Playdown já desperta interesse de empresas de tecnologia e foi premiado como o melhor projeto de inclusão na 9ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps) 2015. Também está entre os 13 finalistas do Brasil dos 5 mil projetos inscritos no Concurso Acelera Startup da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Maria, professora da rede municipal de Caxias do Sul, ficou encantada com o aplicativo, lembrou imediatamente do aluno João que possui Síndrome de Down e planejou o uso com a turma ao qual leciona, 1º Ano do Ensino Fundamental, crianças de 6 e 7 anos. Os pais dos alunos participaram do projeto, possibilitando o uso dos tablets e celulares com o aplicativo instalado. Uma vez por semana, no período da aula de informática e com auxílio da professora de tecnomídias, a turma fazia uso deste aplicativo.

A professora relata nunca ter recebido formação específica para trabalhar com crianças portadoras de necessidades especiais, mas através das observações e atividades, foi descobrindo as adaptações e os recursos para incentivar e desenvolver a aprendizagem. Trabalhar com o PlayDown foi muito positivo, pois não só o João que possui necessidade especial foi beneficiado, mas todos os alunos da turma. A tecnologia como ferramenta, contribui significativamente para a aprendizagem dos alunos.

O aplicativo estimula, facilita e amplia a comunicação das crianças com Síndrome de Down, contribuindo para inclusão social. A interação é mais atraente e empolgante, pois existe a exploração de visualizar, ouvir e manusear, além de sua praticidade e o fácil uso.

Como os alunos estão em processo de alfabetização é possível citar muitas vantagens: atenção, percepção, concentração, categorização, memória, discriminação auditiva, formação de conceitos básicos e o início do aprendizado das letras do alfabeto, enfim, funções que fazem parte do desenvolvimento cognitivo.

A inclusão deve acontecer no dia a dia, sem ser um conteúdo específico, mas sim, com um olhar de respeito e ternura para os que estão próximos. É necessário entender que somos seres humanos diferentes uns dos outros, portanto, aprendemos de diferentes formas, e podemos aprender com as diferenças tornando-nos pessoas melhores.

Na sociedade em que vivemos o papel do professor é de fundamental importância para incentivar e motivar a aprendizagem dos alunos. A tecnologia deve ser utilizada como recurso, além das características essenciais necessárias para trabalhar com crianças, como, afeto, compreensão, dedicação, sensibilidade e paciência.

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