segunda-feira, 11 de setembro de 2017

ESCOLAS DA REDE PÚBLICA UTILIZAM APLICATIVOS NA APRENDIZAGEM

Por Fabiana Agostini Maffei, 1947273
Polo – Caxias do Sul
Data 11/09/2017


Fonte: Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=5DtIDYA02Sw 

Atualmente, no mundo, existem muitas pessoas denominadas PCD (Pessoas com Deficiência) e TEA (Transtorno do Espectro Autista), conhecida antigamente como tipo de autismo, que possuem a necessidade de algumas adaptações para que sua aprendizagem ocorra de forma parcial. Essas pessoas estão presentes em nossas Escolas e se faz presente uma grande quantidade de estudantes com PCD e Transtornos dos mais variados, como: autistas, surdos, mudos, deficientes visuais, deficientes intelectuais, entre outros. De acordo com a necessidade apresentada pelo educando, percebe-se que é preciso ser feita uma intervenção e que o tempo de retorno em relação às aprendizagens é algo muito particular de cada um. Dependendo do grau de comprometimento do seu cognitivo, essa aprendizagem pode ser significativa, mas sempre deve-se respeitar sua individualidade, suas limitações e seu transtorno. O TEA é um transtorno que se caracteriza por dificuldades de comunicação e de interação com outras pessoas, comportamentos repetitivos ou interesses restritos. Os primeiros sinais costumam aparecer na infância e é até quatro vezes mais frequente em meninos. Devido a esse fato, surgem cada vez mais opções que vem de encontro a esse público e suas necessidades, com o objetivo de integrar, interagir e favorecer a aprendizagem dos estudantes. Entre essas opções, podemos encontrar atividades das mais variadas como jogos de tabuleiro, brinquedos, ferramentas tecnológicas ou até mesmo aplicativos, os quais são oferecidos durante as ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO | NÚCLEO DE PRÁTICAS | PORTFÓLIO aulas pelos professores. Observando essa realidade, fica muito claro o desejo das crianças pela tecnologia e suas ferramentas. Nesse contexto, uma professora da disciplina de Tecnomídias da rede pública de ensino do município de Caxias do Sul, a professora Morgana, instalou nos tablets da Escola um aplicativo denominado ABC kids, que é um aplicativo o qual faz parte do Play Kids, para ser trabalhado com a turma da Educação Infantil de 5 anos, a qual possui um autista, ou TEA. Esse menino chamado Henrique foi diagnosticado com transtorno do espectro autista e Aaperger que é uma condição neurológica do espectro autista, caracterizada por dificuldades significativas na interação social e comunicação não-verbal, além de padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos. O TEA de Henrique é considerado moderado, onde a criança consegue falar frases simples, mas tem dificuldades para articular a comunicação verbal com a não verbal. Reage pouco ou é indiferente ao contato iniciado por outras pessoas e insiste nas mesmas atividades, sentindo dificuldades e sofrendo para mudar o foco de suas ações e comportamento. Embora ele apresente um comportamento muito afetuoso. A professora escolheu esse aplicativo pois pode ser usado com crianças de pré-escola e jardim de infância, além de alunos surdos/mudos, deficientes intelectuais e com síndrome de Down, já que trabalha várias habilidades como a coordenação motora fina (Educação Física), cores (Arte), letras do alfabeto, sua ordem e seu traçado (Linguagem). Semanalmente, quando a turma vai até o Laboratório de Informática, eles exploram esse recurso. A professora percebeu que traz resultados positivos, pois atinge o objetivo proposto em suas aulas, inclusive para a criança com autismo, que é reconhecer as letras do alfabeto e seu traçado, além da ordem alfabética. Ela afirma que as vantagens desse aplicativo é que, por ser colorido, atrai a atenção das crianças. Além disso, quando o jogador termina de realizar o traçado da letra, vai colecionando adesivos virtuais, motivando-o a realizar a atividade corretamente e partindo para a próxima letra. Dessa maneira, ao jogar, os estudantes vão adquirindo maior conhecimento e interação com o mundo letrado. Tal aplicativo atende grande parte dos alunos com PCD e suas necessidades, porém, como desvantagem considera-se que estudantes cegos e com deficiência física severa ou deficiência intelectual grave não possam fazer seu uso. Além do mais, o aplicativo está em Língua Inglesa e não possui tradução. Percebe-se que ainda resta muito a ser criado nessa área, pois vários aplicativos de qualidade não possuem a versão em Língua Portuguesa. Como outras sugestões de explorar seu uso em sala de aula, pode ser trabalhado também o reconhecimento de letras iniciais das palavras, fazendo relações entre letras iguais. Pode-se também fazer contagem de letras e até mesmo montar um gráfico ou um quadro comparativo com palavras que iniciam com a mesma letra. Podem ser realizadas também várias atividades de escrita com todos estudantes da turma, de acordo com o nível de conhecimento de cada um. Esse aplicativo também possui outras opções para serem exploradas como: quebra-cabeças de quatro até trinta e seis peças, jogo de relação imagem/sombras e imagem/figura. Em Matemática, podem ser feitas operações em que o aluno tem a opção de escolha de respostas, ou até mesmo relacionar objetos com o número que representa, de forma gratuita.

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