segunda-feira, 11 de setembro de 2017


HAND TALK: TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Por Nair Aparecida Nackes, RU 90964
Polo – Vacaria-RS



 
Data 10/09/2017


                                                                       Fonte: Uninter

Ronaldo Tenório, Carlos Wanderlan e Thadeu Luz, são jovens alagoanos que criaram uma plataforma de tradução para a linguagem de Libras (Língua Brasileira de Sinais), ou seja, o aplicativo Hand Talk que é um recurso gratuito, disponível para smartphones e tablets que realiza traduções automáticas para a Língua de Sinais através de um interprete virtual, o Hugo. Este aplicativo já foi eleito pela ONU o melhor APP social do mundo, no WSA- World Summit Award, realizado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, em 2013. Este aplicativo chega às escolas publicas através do uso de tabletes e celulares smartphones, onde pode ser baixado e usado por alunos em processo de inclusão e tem sido de grande importância para o aprendizado de alunos com deficiência auditiva.  As escolas públicas que estão recebendo os tablets da Secretaria de Educação para uso dos alunos devidamente matriculados nas instituições de educação, já estão recebendo os mesmos com o aplicativo baixado para uso dos alunos inclusos, e pode ser usado nos conteúdos das disciplinas nas turmas. Em uma escola da rede pública de educação básica, a professora de Língua Portuguesa utiliza o aplicativo como auxilio para os alunos com deficiência auditiva, (surdos) na leitura de textos e atividades desenvolvidas na turma de 9°ano das séries finais do ensino fundamental, alunos com idades entre 13 e 15 anos. Segundo a professora, o resultado tem sido positivo e aumentou o nível de aprendizagem dos alunos com deficiência auditiva, após o uso do aplicativo, e que os alunos demonstram maior interesse nas aulas. Com isso já está sendo desenvolvido um método de ensino para todas as disciplinas curriculares da turma. Com o uso do aplicativo Hand Talk na sala de aula é possível se obter um resultado positivo na aprendizagem dos alunos que apresentam dificuldades causadas pelas deficiências que impedem o entendimento normal dos conteúdos. Tendo em vista que cresce gradativamente o numero de alunos em processo de inclusão nas escolas do País, é considerável que a criação de aplicativos como este mencionado e entre outros que vem sendo desenvolvidos e aplicados para auxiliarem na aprendizagem destes alunos gerem um resultado plausível á favor da sociedade, onde as diferenças muitas vezes desencadeiam um alto nível de preconceito na escola e na vida profissional de tantas pessoas que só almejam serem tratadas com normalidade e respeito. Assim sendo começa um marco na historia da educação que prepara o aluno para uma vida muito melhor para ser seguida alem da sala de aula, e certamente abre portas profissionais, por estarem preparados com conhecimento adequado para uma formação de igualdade para todos, ou seja, alunos inclusos aprendendo com qualidade. É imprescindível que alunos com deficiência participem de curso de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) para terem acesso a estes aplicativos porque é através desta linguagem que participam das aulas ministradas no dia a dia escolar onde se aplica este método. Devido ao grande avanço tecnológico na educação no geral, num futuro bem próximo todas as escolas de educação básica podem estar fazendo uso desta ferramenta para a formação dos seus alunos inclusos. As vantagens do uso de aplicativos como o Hand Talk são, entre outras, a qualificação na aprendizagem de alunos deficientes, e o aumento do número de alunos aprovados nos cursos e prontos para o mercado de trabalho através de qualificação profissional, porque os capacita a aprender e a desenvolver um interesse de busca e pesquisa de fatos e conhecimentos num mundo de informações desenvolvido especialmente para esses, isto se torna familiar e gera uma intimidade com a tecnologia, possibilitando outros meios e outras buscas por informações. È o conhecimento realmente ao alcance de todos independente das diferenças, que pouco a pouco vão sendo superadas com suporte tecnológico ao alcance da mão. O aplicativo Hand Talk chega à escola, ou seja, na sala de aula como “mãos que falam” para muitos é a resposta do grito de socorro, a ajuda para quem precisa ir além do ouvir e falar da professora e dos colegas. Dá a oportunidade de comunicação por meio de sinais tão precisos e tão necessários para muitos. Talvez a única desvantagem prevista para o uso deste aplicativo da sala de aula, seja a falta de acessibilidade á esta ferramenta. Em determinadas escolas, por falta de conhecimento e preparação dos docentes para fazerem uso, ou ainda por não possuírem os dispositivos compatíveis e internet instalada na escola. Sabe-se que ainda é um fator de preocupação a falta de recursos para as escolas, principalmente publicas para a manutenção de equipamentos e mesmo para adquirir certos equipamentos modernos para uso dos alunos, e ainda a preparação de docentes em relação à tecnologia na educação, mas tudo isto pode muito bem ser superado com certo esforço e dedicação das instituições para a melhoria da qualidade do ensino oferecido e do amparo e incentivo a educação inclusiva. Este aplicativo que é reconhecido mundialmente e premiado por sua qualidade chegam às escolas publicas para revolucionar a historia da educação dos alunos surdos, que através das “mãos que falam” Língua de Sinais, possibilita uma interpretação precisa e eficiente para garantir o direito de aprendizagem de igual relevância a do aluno ouvinte, e torna as aulas mais agradáveis e produtivas para alunos que buscam cada vez mais uma igualdade e um objetivo na sua vida, tanto como aluno , e também como ser humano em busca de valores na sociedade em que esta inserida (o). “Estou indo pelo legado que a Hand Talk está deixando pras pessoas. Vai ser muito gratificante e emocionante participar de um momento como este. (Ronaldo Tenório)”. HAND TALK, tecnologia de qualidade no avanço dos conhecimentos na educação inclusiva dos alunos com deficiência auditiva. Gestos superando obstáculos, e vencendo barreiras no vasto horizonte da pequena sala de aula.

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