segunda-feira, 11 de setembro de 2017

TECNOLOGIA ASSISTIVA EM ALUNO COM BAIXA VISÃO 
Rosana Albertina Stedile – RU: 1224522
Polo – Vacaria RS
Data: 09/09/2017




Fonte: Google Imagens

Em uma escola da rede Municipal da Prefeitura de Macaé (RJ), no início de 2014, o professor da SRM (sala de Recursos Multifuncional) e o professor titular da turma da 5ª série da mesma escola, buscaram caminhos ou alternativas pedagógicas através do uso das TICs e a utilização  de tecnologias interativas e assistivas no atendimento educacional especializado através do relato de experiência do aluno Rodrigo, de 15 anos, que cursava neste período a 5ª série. Este, foi diagnosticado com baixa visão ou visão subnormal e déficit cognitivo, sem aquisição de leitura e escrita e também com defasagem de série/idade, com a utilização destes recursos e a colaboração e mediação dos professores que possibilitaram caminhos para o processo de ensino aprendizagem.
Iniciou-se, o processo com uso de teclas, sendo assim, dificultada pela ausência de coordenação motora do aluno. Então, surgiu a alternativa de usar uma folha de papel que dobrando-a até ficar mais dura, com uma parte dobrada, de forma que encaixasse nas lacunas entre as teclas. Após, com outra folha foi deixado apenas uma linha de teclas sob o domínio manual de Rodrigo. Depois de trabalhado bastante a linha do A ao Ç, foi trocado a folha de linha e foi cancelada o que já tinha sido trabalhado. Nas outras linhas ele foi descobrindo os sons das letras e a posição de cada uma delas no teclado. Com estas mudanças, ele começou a dominar o teclado e portanto, consequentemente avançar no seu aprendizado.
Logo após, foi inserido o jogo “Letravox” (um jogo do Dosvox), que produz através da digitação o som das letras), para que ele conseguisse fixar os sons das letras e assim, utilizá-las com maior facilidade.
O professor do AEE descobriu um teclado com tamanho superior ao tradicional, com letras maiores e com cores diferenciadas, assim, tornou-se mais fácil a identificação das letras.



Aos poucos, que as atividades foram sendo aplicadas, suas habilidades na escrita digital foram gradativamente melhoradas.
Este jogo acima mencionado, melhorou bastante a compreensão/fixação das letras em associação com o som.
Outro jogo importante introduzido neste processo, foi o Letrix (jogo de palavrinhas, ambos no Dosvox, o qual influenciou diretamente na escrita de palavras como: seu nome, nome da mãe, nome do professor, da diretora, e de outras pessoas que colaboraram com o seu processo de construção do conhecimento.
Posteriormente, constatou-se que foi possível trabalhar com textos pequenos, visando provocar nele o interesse pelo trabalho de leitura digital. Na interpretação oral, ele foi, aos poucos, progredindo, avançando, e sua capacidade de abstração foi aumentando gradativamente.
Conforme relatos, atualmente Rodrigo já identifica as letras através do som de cada uma delas, bem com as sílabas, que são formadas com suas respectivas vogais.
Assim, é um trabalho gradual, que está se efetivando pela motivação e querer do próprio aluno de aprender e também muito importante ressaltar a persistência da mãe do Rodrigo de fazer questão de sua frequência escolar e ainda a parceria, vontade e o desejo de toda a equipe pedagógica da escola e dos professores diretamente envolvidos neste processo, para possibilitar a melhora do trabalho em prol do processo de ensino aprendizagem deste aluno.
As diferentes circunstâncias e a adequação para uma substancial eficácia de estratégias para cada aluno,  ou grupo de alunos, independente de suas limitações, ressaltando sua habilidades. 
Este relato propõe uma reflexão nas possibilidades e caminhos de fazer e do saber, a descoberta do “eu” professor e do “eu” aluno e a dinâmica entre ambos para o verdadeiro avanço no desenvolvimento educacional.

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