Por Aline dos Reis Oliveira
Por Silvano Ramos Pinheiro
Polo – Vacaria
fonte: site Porvir
A inclusão das pessoas com deficiência é um processo lento e trabalhoso. Descrever como processo, significa que ela muda à medida que avança, encontra dificuldades e pode dar passos para trás até descobrir outros caminhos ━ a partir da interação com pessoas, com os fatos e com as circunstâncias de cada tempo e momento.
Convivendo com essa realidade, o pernambucano Carlos Edemar Pereira, analista de sistemas, desenvolveu um aplicativo capaz de tornar possível a comunicação de pessoas deficientes com as demais ao seu redor. Isso foi possível porque ele e sua esposa não aguentavam mais ver sua filha, na época com dois, que tem paralisia cerebral, sofrer para se comunicar através de um fichário com imagens onde ela apontava o que queria. Foi assim que surgiu o Livox, o aplicativo brasileiro que possibilita a comunicação por imagens. Carlos contou com uma equipe de profissionais de tecnologia, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais e criou o Livox, que significa Liberdade em voz alta. O programa foi o primeiro software de comunicação alternativa para tablets e, em português. A experiência com a tecnologia inclusiva começou com um celular, onde a filha de Carlos respondia na tela do aparelho as perguntas que eles faziam com "sim" ou "não". Mais tarde, usou um tablet para desenvolver melhor o software. Assim, ao abrir o livox, a tela apresenta quadrinhos com informações sobre necessidades, emoções, o que comer, brincar ou até mesmo iniciar a exibição de vídeos ou filmes. Clicando nos desenhos ou nas fotos, o aplicativo "fala" pelo usuário. O livox vem com aproximadamente 12 mil imagens e permite a inclusão de mais.
É indicado para pessoas com paralisia cerebral, esclerose, sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), autismo, dentre outras que prejudiquem a fala. Dessa maneira, o aplicativo pode ser adequado conforme a necessidade do usuário. Por ser indicado a várias deficiências, escolas do país estão usando o aplicativo como forma de interação dos alunos deficientes com os colegas, bem como possibilitar o aprendizado da matemática e a alfabetização. É um software fácil de trabalhar e tão amplo que já foi traduzido para 25 idiomas.
A prefeitura da cidade de Recife, adquiriu no ano de 2016, cinco mil licenças do aplicativo para usar com alunos da Educação Especial de Jovens e Adultos (EJA).
A escola piloto dessa inovação foi a Escola da rede Municipal Engenho do Meio, zona Oeste do Recife, escola esta que de sua totalidade de alunos matriculados regulares, 10% deles são portadores de necessidades especiais. As professoras das salas de recursos começaram a trabalhar com o aplicativo e perceberam grande mudança no comportamento e no desenvolvimento das crianças. O primeiro aluno a usar esse aplicativo foi Jhonatan Lins, 18 anos, aluno da EJA. Jhonatan não fala, mas entende o que ouve e também compreende a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Ele conseguiu se comunicar melhor, tanto na escola quanto em casa, depois de usar a ferramenta no tablet, além de aprender a escrever. Isso foi possível porque o poder público municipal viu a importância desse aplicativo no desenvolvimento e no empoderamento das pessoas com deficiência, tornando acessíveis quaisquer tipos de comunicação e integração no meio social em que vivem.
No entanto, nem todas as famílias têm acesso a essa ferramenta, pois a licença custa em torno de R$ 1.350,00, fora a aquisição de um tablet para poder usar o programa, resultando então em continuar sem essa ferramenta que facilita o cotidiano de todos ao redor e principalmente ao portador de necessidades especiais. Atualmente tramita no Senado, um projeto para que as escolas públicas adquiram através do governo as licenças e os tablets para incluírem na educação básica como ferramenta de apoio pedagógico, porém o projeto está estacionado sem previsão para discussão e votação. Enquanto não acontece, as pessoas com mais condições financeiras conseguem obter tal ferramenta para auxiliar as crianças, adolescentes e jovens a se comunicar e aprender.
É indicado para pessoas com paralisia cerebral, esclerose, sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), autismo, dentre outras que prejudiquem a fala. Dessa maneira, o aplicativo pode ser adequado conforme a necessidade do usuário. Por ser indicado a várias deficiências, escolas do país estão usando o aplicativo como forma de interação dos alunos deficientes com os colegas, bem como possibilitar o aprendizado da matemática e a alfabetização. É um software fácil de trabalhar e tão amplo que já foi traduzido para 25 idiomas.
A prefeitura da cidade de Recife, adquiriu no ano de 2016, cinco mil licenças do aplicativo para usar com alunos da Educação Especial de Jovens e Adultos (EJA).
A escola piloto dessa inovação foi a Escola da rede Municipal Engenho do Meio, zona Oeste do Recife, escola esta que de sua totalidade de alunos matriculados regulares, 10% deles são portadores de necessidades especiais. As professoras das salas de recursos começaram a trabalhar com o aplicativo e perceberam grande mudança no comportamento e no desenvolvimento das crianças. O primeiro aluno a usar esse aplicativo foi Jhonatan Lins, 18 anos, aluno da EJA. Jhonatan não fala, mas entende o que ouve e também compreende a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Ele conseguiu se comunicar melhor, tanto na escola quanto em casa, depois de usar a ferramenta no tablet, além de aprender a escrever. Isso foi possível porque o poder público municipal viu a importância desse aplicativo no desenvolvimento e no empoderamento das pessoas com deficiência, tornando acessíveis quaisquer tipos de comunicação e integração no meio social em que vivem.
No entanto, nem todas as famílias têm acesso a essa ferramenta, pois a licença custa em torno de R$ 1.350,00, fora a aquisição de um tablet para poder usar o programa, resultando então em continuar sem essa ferramenta que facilita o cotidiano de todos ao redor e principalmente ao portador de necessidades especiais. Atualmente tramita no Senado, um projeto para que as escolas públicas adquiram através do governo as licenças e os tablets para incluírem na educação básica como ferramenta de apoio pedagógico, porém o projeto está estacionado sem previsão para discussão e votação. Enquanto não acontece, as pessoas com mais condições financeiras conseguem obter tal ferramenta para auxiliar as crianças, adolescentes e jovens a se comunicar e aprender.
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