terça-feira, 5 de setembro de 2017

A tecnologia a serviço da deficiência visual



A TECNOLOGIA A SERVIÇO DA DEFICIÊNCIA VISUAL
Por Renata Zanella Accioly, RU 312528
Vacaria/RS
05/09/2017


Fonte: Arquivo da Escola Estadual Padre Efrem


A estudante Joana nasceu deficiente visual. Cresceu no município de Vacaria, no estado do Rio Grande do Sul, cercada de cuidados e super  protegida pela mãe. Hoje, aos  14 anos de idade, está matriculada na rede pública estadual no sexto ano do ensino fundamental, e para estudar,  conta com um aliado fundamental: o DOSVOX.
O uso de ferramentas tecnológicas com alunos de inclusão é cada vez mais comum nas escolas de todo o Brasil. A Joana é uma adolescente curiosa, alegre, que não se sente limitada em função da ausência da visão.
A escola onde estuda apresentou a ela, através da professora da Sala de Recursos Multifuncional, uma ferramenta tecnológica que revolucionou a sua vida.
Esta ferramenta viabiliza o uso de computadores por deficientes visuais, que adquirem assim, um alto grau de independência no estudo. O DOSVOX estabelece um diálogo amigável com o usuário, pois grande parte das mensagens sonoras emitidas é feita em voz humana gravada.
Na disciplina de  Matemática, por exemplo, as operações fundamentais são faladas a Joana através de programas específicos e interfaces adaptativas. No DOSVOX, a comunicação homem e máquina é muito simples, e leva em conta as especificidades e limitações dessas pessoas. Tudo que passa no computador é falado.
A Joana, quando veio para a escola, a turma a chamava de cega. Ela não ligava. Só reclama mesmo quando falam que é ceguinha.  A Joana tem outros jeitos de ver as coisas. Ela pode ler livros com as pontas dos dedos. E pode escrever as coisas usando um instrumento chamado punção e outro instrumento no qual se introduz o papel, formado por duas placas, em que uma delas possui aberturas para se fazer pontos com o punção.
A estudante aprendeu Braille, mas agora, usa só o computador. Esta tecnologia não traz nenhuma desvantagem ao usuário. Pelo contrário, traz só benefícios: autonomia e aprendizagem.
A aprendizagem é facilitada também pelos jogos educativos de computador. Não se pode olhar apenas as dificuldades da pessoa deficiente visual, mas enfatizar as habilidades e as formas que ela usa para vencer desafios.
A necessidade de cada aluno com deficiência é única; portanto, a família e ele mesmo devem participar da criação e da escolha dos recursos que podem ajudá-lo.
 O recurso deve sempre ser reavaliado pelo aluno e pelo professor, para ter certeza de que está realmente sendo útil e como pode ser aprimorado ou substituído.



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