A
TECNOLOGIA A SERVIÇO DA DEFICIÊNCIA VISUAL
Por
Renata Zanella Accioly, RU 312528
Vacaria/RS
05/09/2017
Fonte: Arquivo da Escola Estadual Padre Efrem
A estudante Joana nasceu deficiente visual. Cresceu no
município de Vacaria, no estado do Rio Grande do Sul, cercada de cuidados e
super protegida pela mãe. Hoje, aos 14 anos de idade, está matriculada na rede
pública estadual no sexto ano do ensino fundamental, e para estudar, conta com um aliado fundamental: o DOSVOX.
O uso de ferramentas tecnológicas com alunos de inclusão
é cada vez mais comum nas escolas de todo o Brasil. A Joana é uma adolescente
curiosa, alegre, que não se sente limitada em função da ausência da visão.
A escola onde estuda apresentou a ela, através da
professora da Sala de Recursos Multifuncional, uma ferramenta tecnológica que
revolucionou a sua vida.
Esta ferramenta viabiliza o uso de computadores por deficientes visuais,
que adquirem assim, um alto grau de independência no estudo. O DOSVOX
estabelece um diálogo amigável com o usuário, pois grande parte das mensagens
sonoras emitidas é feita em voz humana gravada.
Na disciplina de Matemática, por
exemplo, as operações fundamentais são faladas a Joana através de programas
específicos e interfaces adaptativas. No DOSVOX, a comunicação homem e máquina é
muito simples, e leva em conta as especificidades e limitações dessas pessoas. Tudo
que passa no computador é falado.
A Joana, quando veio para a escola, a turma a chamava de cega. Ela não
ligava. Só reclama mesmo quando falam que é ceguinha.
A Joana tem outros jeitos de ver as
coisas. Ela pode ler livros com as pontas dos dedos. E pode escrever as coisas
usando um instrumento chamado punção e outro instrumento no qual se introduz o
papel, formado por duas placas, em que uma delas possui aberturas para se fazer
pontos com o punção.
A estudante aprendeu Braille, mas agora, usa só o computador. Esta
tecnologia não traz nenhuma desvantagem ao usuário. Pelo contrário, traz só
benefícios: autonomia e aprendizagem.
A aprendizagem é facilitada também pelos jogos educativos de computador.
Não
se pode olhar apenas as dificuldades da pessoa deficiente visual, mas enfatizar
as habilidades e as formas que ela usa para vencer desafios.
A necessidade de cada aluno com deficiência é única; portanto, a
família e ele mesmo devem participar da criação e da escolha dos recursos que
podem ajudá-lo.
O recurso deve sempre ser reavaliado pelo aluno e pelo professor, para
ter certeza de que está realmente sendo útil e como pode ser aprimorado ou
substituído.
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