terça-feira, 12 de setembro de 2017

TECNOLOGIA A FAVOR DA INCLUSÃO


A TECNOLOGIA A FAVOR DA INCLUSÃO

Por Gilvane Mekelburg da Conceição, RU 1238617
Polo: Caxias do Sul - RS
11/09/2017


http://playtable. com.br/blog/o-papel-da-tecnologia-para-inclusao-no-ambiente-escolar/






    
 





Desde 2 de Janeiro de 2016, quando entrou em vigor a Lei Brasileira de Inclusão, escolas procuram adpatar-se em todos os aspectos para receber alunos com qualquer tipo de necessidade especial. Algumas escolas de forma mais rápida que outras, isso por conta de: aspectos financeiros para as adpatações estruturais, também na aquisição de recursos variados ou ainda, aspectos de formação de professores tendo uma equipe preparada metodologicamente e didaticamente, sabendo utilizar esses recursos. É preciso pensar na inserção desses alunos com qualquer tipo de deficiência no ambiente escolar. Assim, esse pensamento norteia toda gestão escolar: que adaptações precisamos fazer?
Para isso ser efetivo, incluir, torna-se o objetivo. Buscar o auxílio de tecnologias que venham de encontro para sanar essas dificuldades. Com os recursos tecnológicos, isso se materializa em sala de aula, onde o desenvolvimento motor (amplo ou fino), seja alcançado. Atividades pedagógicas que exijam atenção, concentração para resolução de problemas devem ser pensadas.
Um recurso eficaz e que tem sido muito bem aceito é a mesa digital ou Play Table. Surgiu em 2013, no Brasil, em Blumenau, Santa Catarina, criada por Marlon Souza e seu sócio, Jean Gonçalves. “O foco era criar algo para as crianças brincarem enquanto os pais estão com algum compromisso em local público ou até mesmo em algum estabelecimento comercial como clínica ou restaurantes”, disse Marlon. Cada unidade da PlayTable com a configuração de cinco jogos custa R$ 5,9 mil a unidade. Já estão disponíveis mais de 60 jogos e livros digitais para a plataforma.
Play Table é uma mesa digital acessível a todos e por contar com a tecnologia infrared, reconhece o toque humano e é sensível a objetos de plástico, feltro, metal, entre outros. Todos aplicativos possuem níveis de aprendizado (fácil, normal e avançado). É de fácil acesso a crianças com deficiência motora ou psíquica, é uma ferramenta de inclusão digital e social. Permite atividades coletivas. A idade recomendada é a partir de 3 anos, o que permite que crianças da educação infantil ou anos iniciais a manuseiem. Os jogos e aplicativos do Play Table são fundamentados nas diretrizes curriculares do MEC, tanto para educação infantil quanto para os anos iniciais. Além dos assuntos específicos, os aplicativos desenvolvem o raciocínio lógico, a memorização, a atenção, a paciência, a criatividade, a resolução de problemas, as linguagens de expressão, e a coordenação motora, deixando os alunos mais curiosos, observadores, concentrados e comprometidos.
Uma professora trabalha na turma do 1o Ano (crianças com 6 anos), e já por um tempo, como formação continuada, aprimorou-se em cursos de Educação inclusiva assim como pesquisou diversas tecnologias que vem para amparar o seu trabalho. E a mesa digital foi uma descoberta sugerida por ela, e foi adquirida pela escola onde trabalha já há 6 anos. Especialmente nos anos iniciais, através do lúdico, procura-se que todas as habilidades e potencialidades das crianças sejam desenvolvidas, pensando sempre na inclusão de alunos com necessidades especiais . Sendo assim, tendo como objetivo desenvolver os conteúdos de forma interdisciplinar, utiliza para toda a turma e em especial, consegue perceber o desenvolvimento do aluno que tem síndrome de down. Com a mesa digital, a professora trabalha a: matemática, a língua portuguesa, a alfabelização, a coordenação motora (ampla e fina) com o manuseio dos instrumentos como pincéis e caneta, a música utilizando os jogos e aplicativos que ela possui. Esse aluno aprimora suas habilidades de concentração, da sua linguagem através da leitura, consciência vocálica, alfabetização, coordenação motora ampla e fina, etc. A professora percebeu o quanto essa tecnologia facilita aquilo que já desenvolve na sala com este aluno. É como se o que ficasse obscuro é traduzido pelos aplicativos que são lúdicos e percorrem todas as expectativas de aprendizagem. 

Sabe-se que qualquer tecnologia vem como suporte, não devendo ser extinguidas atividades corriqueiras de sala de aula como massinha de modelar, de pinturas livres e dirigidas, contação de histórias e leitura de livros, músicas, interpretação, etc. Um professor que utiliza somente um meio acaba limitando outras possibilidades de aprendizagem no desenvolvimento das crianças. Ou seja, ficar somente em torno da mesa digital não seria o recomendado, apesar dela promover a socialização, a concentração entre outras coisas, não se compara com a interação nas brincadeiras de roda, a concentração numa aula de educação física, a coordenação motora que se desenvolve com expressões corporais. Acredita-se que ela em excesso, acabaria limitando as outras expressões necessárias para o desenvolvimento pleno de uma criança com necessidade psíquica ou motora, por exemplo. O custo alto também é outro fator que talvez acabe impedindo dessa tecnologia chegar as escolas. Mas quando se busca a inclusão, é necessário investir em vários recursos sejam de própria construção ou comprando algo que venha suprir as variadas necessidades. Acredita-se que nenhuma escola esteja 100 % preparada, mas a própria inserção dessas crianças, acaba realizando essa habilitação. Pois cada caso é um caso. Não existem fórmulas. Existe o querer que aplicado com dedicação traz essa experiência não só para o professor, mas para toda a escola.

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