quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Softwares buscando dar um “up” ao ensino-aprendizado de alunos cegos
 JOSECLER DA SILVA ZANATTO - RU 1261509
 FERNANDA IGNES PEREIRA DE FARIAS -  RU 91330
ANDRESA DE FÁTIMA BORGES – RU 1221956                                                                             
Polo –  VACARIA-RS
Data 11/08/2017



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Segundo coleta de dados na Escola Estadual de Ensino Fundamental Ione Campos dos Santos, a única escola em Vacaria que possui uma Sala de recursos multifuncionais de Atendimento Educacional Especializado (AEE) para acompanhamento dos alunos com deficiências, transtorno global do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação incluídos em classes comuns da educação básica, sendo que para estudar, contam com o auxílio da informática. São softwares desenvolvidos para atender as necessidades deste grupo-alvo, o que vem facilitar o ensino-aprendizado e a real inclusão desses alunos. Segundo a professora-orientadora a informática traz para o deficiente visual três tipos de softwares, entre eles estão: os leitores de tela, os ampliadores de tela e os digitalizadores de texto. Os leitores, decifram, através da leitura, tudo o que está na tela do computador, seja texto, Access, Power point, linguagem de programação, e-mail, MSN, entre outros aplicativos, sendo ideal para cegueira total. Os ampliadores são bons para os alunos com baixa visão. O programa aumenta os imagens, ícones, letras, desenhos facilitando a compreensão de quem possui esta patologia. Por sua vez, os digitalizadores transformam textos em sons. Como todos se completam é normal a sincronia entre os programas. Dentre os softwares destacam-se o DOSVOX e do NVDA,
por serem gratuitos baixados facilmente pela internet. O DOSVOX é o tipo utilizado pela orientadora, que constatou que teve uma aceitação por parte dos alunos e ela salientou que existem outros excelentes como o JAWS e o Virtual Vision, que são leitores, mas detêm o empecilho dos honorários. No estilo ampliadores, existem o Magic e o ZoomText, também pagos e  o Open book que é um digitalizador de texto.
Em Vacaria, existe a Associação dos deficientes visuais de Vacaria – ADEVIVA, onde o presidente destaca as atividade como o braile e a presença da tecnologia através da informática onde o DOSVOX e o JAWS e o uso de celulares são fundamentais para o desenvolvimento em parceria com os conteúdos em sala de aula.
O Ministério da Educação trabalha em parceria com os Estados, Municípios e o Distrito Federal, o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais e o Projeto Livro Acessível para alunos com deficiência visual. Estes têm como priori a melhoria da acessibilidade aos alunos da Educação Especial no ensino regular. Com isso, o MEC disponibiliza equipamentos, mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos, e laptops aos alunos com cegueira matriculados no fim do ensino fundamental, no ensino médio, na EJA e na Educação Profissional, como recurso de acessibilidade ao livro e à leitura. Os laptops e o sistema DosVox são disponibilizados juntamente para utilização individual em sala de aula e atividades educacionais pertinentes, podendo, também, serem utilizados nas residências, mediante assinatura de termo de responsabilidade, conforme critério estabelecido pela direção da escola, tudo isso buscando-se a estrutura das Salas de Recursos Multifuncionais e objetivando apoiar a organização da oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE), à fim de concretizar o aprendizado nas escolas públicas. O atendimento educacional especializado deve ser organizado em salas de recursos multifuncionais ou centros de atendimento educacional especializado, no turno contrário ao ensino regular, disponibilizando recursos pedagógicos e de acessibilidade que dissipem as barreiras para a coparticipação, considerando as necessidades específicas do alunado. Juntamente com toda esta tecnologia estão presente a construção de mapas táteis para o ensino de Geografia e História para estudantes com deficiência visual. Através da construção de um conjunto de instrumentos táteis, busca-se a utilização de materiais didáticos diferenciados ampliando as possibilidades de melhor desempenho dos alunos em todos os níveis facilitando a noção espacial do abstrato, facilitando a relação teoria e práxis.
Na aula de Artes, Letras e Músicas, buscou-se aprender a metodologia da arte sonora, através de exercícios de alfabetização e letramento foram realizadas em conjunto com atividades de inclusão digital, pois a cultura letrada em nossa sociedade é em grande parte digital.
A Biblioteca Acessível busca democratizar a fácil pesquisa, o ensino e à cultura através da oferta de acervo atingível e tecnologias assistidas aos usuários com necessidade específica, por ora deficiência visual, com o uso de catalogados, materiais didáticos e paradidáticos, aquisição de novas obras em braile, em letras ampliadas, em áudio e digitais.
A pessoa com deficiência visual tem acesso a computadores com DOSVOX, NVDA, Jaws, Magic e Open book, além de tecnologias de acessibilidade (lupa eletrônica, reglete, punção, máquina de escrever e impressora de braile, impressora termofusora para relevos e Soroban).
No entanto, apesar dos avanços, é inegável as dificuldades encontradas no processo de inclusão no cotidiano das escolas. São vários os empecilhos encontrados na dinâmica da inclusão de crianças e adolescentes com deficiência, que continua representando um desafio para os educadores, entre eles estão: a deficiência no espaço físico, aquisição de materiais para cada tipo de sala e deficiência, a qualificação dos profissionais envolvidos, a demora dos laudos médicos e a dificuldade dos pais em aceitarem a deficiência do filho.  A Constituição Federal, diz: “a educação como direito de todos, dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. E, finalmente, o direito ao atendimento educacional especializado.
A presença desses estudantes em sala de aula revela que, apesar dos avanços, tem-se muito que socializar a inclusão.

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