A TECNOLOGIA A SERVIÇO DA
INCLUSÃO
Por SALETE PARECIDA MORAES DUTRA RU
1808967
Caxias do Sul – Tutora: Denise Igansi
11/09/20170
Na Escola M.E.F. Joaquim Ferreira Neto,
a professora M. R. faz uso do Software “MiniMatecaVox” com a aluna R. B, que é
portadora de deficiência visual, para o aprendizado de matemática.
O objetivo da professora é desenvolver
as quatro operações da matemática.
MiniMatecaVox foi pensado e desenvolvido
como tese de mestrado do tecnólogo em informática Henderson Tavares de Souza,
de 31 anos, na Unicamp, no curso de engenharia elétrica na área de concentração
em engenharia da computação. O sistema contempla o conteúdo de matemática do
primeiro ano do ensino fundamental, portanto para crianças de 6 a 8 anos de
idade. São 20 aulas com 300 atividades. "Eles podem aprender conceitos
básicos, cálculo mental, além de ser um estímulo ao uso do computador e à
inclusão digital", afirma o pesquisador. Até o momento não há nenhuma
desvantagem em usar o aplicativo.
g1.globo.com/.../software-feito-na-unicamp-ajuda-no-ensino-de-matematica-para-defi...
A ferramenta poderá ser utilizada dentro
de um programa já conhecido e muito usado por deficientes visuais, o Dosvox,
que permite a realização de tarefas variadas por meio da voz. O caminho é fazer
o download pela internet para ter acesso a todo o conteúdo. "O programa
vai fazer perguntas de áudio. Quantos dedos há em sua mão direita? E o
professor aproveita para orientar, ensinar a noção de direita e esquerda, por
exemplo. A resposta é pelo teclado e um aviso com voz humana diz se o aluno
acertou ou não". O programa, no qual o aplicativo ficará hospedado, faz a
leitura de cada tecla digitada pela criança e traduz em som para que seja
possível saber o que está sendo escrito pelo teclado do computador. Segundo
Souza, não há muito investimento para melhorar o aprendizado de deficientes
visuais, principalmente na área de exatas.
"Nunca vi nada no mercado. Foi um
grão de areia o que consegui desenvolver em dois anos e meio. Pretendo
continuar o projeto em um doutorado". Henderson não é só pesquisador,
morador de Louveira (SP), é também professor do ensino fundamental na rede
pública de Várzea Paulista (SP), cidade próxima. No dia a dia, convivendo com
as deficiências de cada aluno para aprender matemática, ele se viu motivado a
fazer algo por aqueles que enfrentam ainda mais dificuldades para absorver o
conteúdo.
Além de ser uma ferramenta facilitadora do aprendizado, o programa
ainda ajudará na inclusão. Com este projeto, o professor e pesquisador Henderson também espera
contribuir para a mudança das políticas públicas voltadas à educação, para que
assim as crianças deficientes visuais sejam melhor assistidas pelo governo.
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