Por Kaíss Miola Albernaz Zeppenfeld, RU
1384016
Polo Caxias do Sul - RS
Data 03/09/2017
Fonte:
Google
Desde a aprovação da lei nº
13.146, de 6 de julho de 2015, que prevê a inclusão de pessoas com deficiência,
as escolas se perguntam: como incluir sem excluir? Foi então que, pensando nos
alunos surdos, a empresa pernambucana ProDeaf criou o ProDeaf Móvel quebrando
as barreiras de comunicação entre estudantes e professores.
A Escola de Educação
Básica Flor de Conhecimento, localizada na cidade de Caxias do Sul, no Rio
Grande do Sul, ao receber um aluno surdo no sexto ano do ensino fundamental, no
ano de 2017, decidiu incorporar ao currículo um período por semana, em cada
turma, de aula de Libras, usando o aplicativo ProDeaf. Visando a inclusão de
Miguel Oliveira, de 13 anos, a direção da escola ministrava as aulas e os
discentes se comunicavam entre eles na Língua Brasileira de Sinais usando o
celular e o tablet.
Uma vez por semana, alunos
de 12 a 17 anos têm aula de LIBRAS. Através do aplicativo ProDeaf Móvel que tem
por objetivo a comunicação entre surdos e ouvintes, a direção da escola promove
aulas dinâmicas e lúdicas para ensinar a língua de sinais. A iniciativa se deu
quando Miguel Oliveira ingressou na instituição. Nascido surdo, o adolescente
só tinha estudado em escolas especiais. “Eu e o pai dele decidimos fazer a
matrícula de Miguel em uma escola regular para que ele convivesse com mais
pessoas ouvintes e aprendesse a leitura labial” disse a mãe Cíntia Oliveira, 35
anos. Quando ouviu isso, a diretora, Ana Maria Ferreira, reuniu os professores e
funcionários da Escola de Educação Básica Flor de Conhecimento para que
decidissem como ajudariam o aluno a atingir o objetivo. Ana contou: “A
professora Léia, de Língua Portuguesa, sugeriu o uso do aplicativo e decidimos
em conjunto dedicar um período por semana para cada turma ao ensino de LIBRAS
com o auxílio da tecnologia. ”
Os alunos, já
familiarizados com celulares, tablets, computadores, gostam muito da ideia.
Virgínia Santos, de 12 anos, colega de Miguel diz que já aprendeu várias
palavras e, às vezes, nem precisa mais olhar para o celular. “O Mig (apelido
carinhoso dado pelos colegas) é muito divertido. Quando não entendemos o que
ele quer dizer, pedimos para ele fazer devagar e procuramos no ProDeaf. ”,
afirma. Os pais pensam ser uma solução para a inclusão de pessoas com surdez.
Um deles diz que, na sua empresa, ninguém se comunica com o funcionário surdo
por não saberem LIBRAS e acredita num futuro onde as pessoas com deficiência
não precisarão mais passar por esses constrangimentos.
O ProDeaf Móvel é um
aplicativo gratuito disponível em todos os sistemas operacionais. A ideia
surgiu em 2010 durante as aulas do mestrado em Computação da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE). Tendo um colega surdo, os alunos viam a
dificuldade dele e desenvolveram a plataforma. Um tempo depois, apresentaram o
projeto para a Bradesco Seguros que decidiu investir na ideia. Todos os
detalhes sobre a empresa podem ser encontrados no site http://prodeaf.net/.
A Escola Flor de
Conhecimento se tornou um exemplo para as outras da região que, aos poucos,
estão aderindo ao uso do aplicativo também. Uma iniciativa para ajudar um aluno
promoveu uma revolução tecnológica na cidade. Os professores que não eram
adeptos a aplicativos e celulares, participam de cursos e workshops para
aprenderem o uso da plataforma e como aplicar em sala de aula.
Hoje, com 6 meses de
atividades de ProDeaf na escola, a maioria dos alunos se comunica em LIBRAS e o
colega surdo se sente incluído na turma e nas demais atividades. “Estou muito
feliz aqui. Às vezes não dou conta de conversar com todos. Eles disputam a minha
companhia para treinar a língua de sinais (risadas) ”, conta Miguel.
Você também quer se
comunicar melhor com as pessoas surdas? Tem um colega de trabalho que não
escuta? Baixe o ProDeaf e disfrute de uma experiência única em comunicação.
Obs: Essa é uma notícia fictícia. Todos os nomes, depoimentos e idades foram criados por mim. Apenas as informações sobre o aplicativo são reais.

Nenhum comentário:
Postar um comentário