sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Alunos deficientes visuais enxergam o futuro!

Por Kimberly Cristine Schwarzbold, RU 1797394
Polo – Caxias do Sul/RS

Data – 01/09/2017

Fonte: http://www.educacaoinclusiva.mpba.mp.br/

Escola Municipal de Ensino Fundamental Renascer, de Nova Petrópolis, visa fazer muito mais pelas crianças deficientes visuais. Com auxilio da tecnologia professora desenvolve trabalhos de inclusão através de aplicativos que possibilitam transformar textos escritos em narrações.


          Nicole Fassbinder, 27 anos, professora de português da rede pública de ensino desde os 23 anos, nunca havia tido um aluno que tivera necessidades especiais em suas turmas. Neste ano conheceu Pedro, 14 anos, deficiente visual desde seu nascimento, Pedro e mais 20 crianças são alunos de Nicole no 9º ano. Após notar que havia dificuldades em relação ao trabalho com o braile – por na maioria das vezes restringir-se à Pedro, que por meio de sua máquina de escrever em braile transcrevia os conteúdos citados  – Nicole começou a pesquisar na internet maneiras alternativas de ajudar os alunos com deficiência. “Eu percebia que muitas vezes eu não conseguia trabalhar determinado texto com meus alunos por pensar que o Pedro ficaria para trás, eu pensava que eu tinha que achar uma forma de incluir ele de verdade na nossa rotina” disse Nicole. 

         Assim, a professora achou um aplicativo chamado Voice Dream Reader, um aplicativo que é capaz de narrar em voz alta: texto, artigos, noticia e até mesmo livros completos. A professora uniu tecnologia com educação. “Estamos agora lendo e interpretando várias crônicas, eles adoram. Eu trago para a sala de aula as mais variadas, desde crônicas de suspense, até crônicas engraçadas. Eu coloco o arquivo no tablet da escola que contém o aplicativo e o Pedro, com fones de ouvido, escuta a crônica. Percebo que às vezes ele fica com semblante sério ouvindo e em outros momentos demonstra gracejos. Eu anexo junto da crônica às questões de interpretação. Depois de ouvir a crônica ele transcreve o que interpretou na máquina enquanto os colegas vão escrevendo e então os colegas vão lendo as respostas e ele também lê as dele. Ele adora, pois tudo acontece simultaneamente e ele realmente se sente incluso.”

          O aplicativo vem sendo utilizado pela escola desde junho, é aprovado pela gestão escolar e ACPM. “Ficamos muito felizes por essa ideia ter dado certo. A professora se esforçou muito para que isso fosse possível” diz Giovanni Abreu, presidente da ACPM. Giovanni diz isto devido ao fato de que aplicativo é pago – o único ponto negativo – e necessitar de um tablet ou smartphone para o seu funcionamento. “Nós compramos o aplicativo com as verbas da ACPM e o tablet já era uma aquisição da escola. Juntos sempre vamos mais longe” citou Giovanni. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário