Por Alana RU 1717193 e Grasiele 1717589
Há muito tempo vem sendo discutido os
problemas de aprendizagem em escolas Estaduais e municipais. Dentre elas, se
destaca a Dislexia, que é um transtorno específico de aprendizagem de origem
neurobiológica, caracterizada pela dificuldade no reconhecimento preciso ou
fluente da palavra, na habilidade de decodificação e soletração da palavra.
Essas dificuldades acabam resultando no déficit no componente fonológico da
linguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas.
Para que possamos entender melhor na
pré-escola os sinais deste distúrbio são bem claros, como dispersão, fraco
desenvolvimento de atenção, pouco desenvolvimento da coordenação motora, falta
de interesse por livros impressos, dificuldades com quebra-cabeça, dificuldades
em aprender rimas e canções.
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Fonte: Arquivo Pessoal |
Já na idade escolar, podemos perceber a
grande dificuldade com a leitura e escrita, desatenção e dispersão,
dificuldades para copiar de livros e da lousa, dificuldades da coordenação
motora fina (escrita, desenho, pintura), coordenação grossa (dança, ginástica).
Desorganização com os materiais escolares, atrasos de entregas de trabalhos,
confusão em nomear esquerda e direita, vocabulário pobre, frases curtas e
imaturas, ou até mesmo longas e vagas.
Entendendo melhor sobre esse problema, a
Escola Municipal Salgado Filho procurou maneiras para auxiliar no aprendizado
de dois alunos na escola. Já que os pais procuraram ajuda médica e essas crianças foram
realmente diagnosticados com Dislexia.
As professoras Alana e Grasiele
começaram então a procurar alternativas para ajudar no processo de
aprendizagem. Então encontraram um aplicativo desenvolvido por estudantes
brasileiros chamado de “Arqueiro
Defensor”.
Cada professora tem uma turma de 5°
ano, média de 10 a 11 anos, e resolveram trabalhar este aplicativo na matéria
de Português, já que este App tem função de associar palavras ouvidas à sua
ortografia.
O objetivo é acertar flechas em inimigos que tentam invadir o seu castelo. Caso a flecha atinja algum inimigo, será necessário acertar uma palavra que ainda será falada, para que o "inimigo" seja realmente imobilizado. O jogo trabalha com palavras de grafias parecidas mas de diferente orientação no espaço, ou seja, confusões de u e n, m e w, etc, sedo essa um das áreas que as pessoas com dislexia possuem mais dificuldades e se confundem.
Com o passar das aulas e com o uso
do aplicativo as professoras puderam perceber que os alunos que possuem
dislexia aumentaram gradativamente seu aprendizado. Também foi solicitado para
que os pais destas crianças ajudassem em casa, brincando junto.
As professoras também puderam
trabalhar esse aplicativo com todos alunos da turma, porém dando ênfase para
aqueles especiais.
Perceberam que os objetivos a serem
alcançados estavam dando certo, pois viram que estes alunos em especial,
estavam melhorando sua coordenação motora fina, concentração, a oralidade e
escrita das palavras, interesse em aumentar seu nível no jogo, melhorando
gradativamente sua aprendizagem.
Foi um projeto realizado juntamente com
os pais (especialmente falando destes dois alunos), e para melhoria da
aprendizagem dos filhos eles concordaram com a utilização do celular em sala de
aula, resultando este avanço. Em contrapartida, alguns dos demais alunos,
utilizaram este aplicativo em duplas, pois alguns pais não aprovaram que seu
filho levasse o celular para sala de aula.
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